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COMTESSE DE NOAILLES
( FRANÇA )
Anne Claude Louise d'Arpajon ( Arpajon , 4 de março de 1729 – Paris 27 de junho de 1794 foi uma aristocrata francesa e dama de honra das Rainhas de França , Marie Leszczyńska e Maria Antonieta . Foi chamada de "Madame Etiqueta" por Maria Antonieta, à sua insistência de que não deveria alterar ou desconsiderar nenhum detalhe minucioso da etiqueta da corte.
Em 1763, foi nomeada dama de honra da rainha Marie Leszczyńska , e em 1770, foi-lhe dada a mesma carga para a nova Delfina, Maria Antonieta , aquando da sua chegada a França. Conheceu Maria Antonieta na fronteira, onde fazia parte da comitiva francesa, e ficou responsável pela sua corte e pelo seu comportamento em Versalhes. Maria Antonieta não gostava muito dela, pois impedia-a de fazer as coisas de que gostava, fazendo referência à etiqueta da corte, o que fez com que fosse apelidada de Madame Étiquette . Em 1774, quando Maria Antonieta tornou-se rainha, despediu-a, fazendo com que aliasse à oposição à rainha com as tia do Rei, as Mesdames , em Bellevue.
A Duquesa de Mouchy e seu marido Filipe foram guilhotinados durante a Revolução Francesa , em 27 de junho de 1794. Muitos de seus parentes tiveram o mesmo destino. A 22 de julho de 1794, a viúva, nora e neta do irmão de Filipe, Louis, 4º duque de Noailles , foi guilhotinada. Outra neta de Louis, Adrienne , esposa do Marquês de Lafayette , foi salva pela intervenção de James Monroe. Eles e os outros nobres que morreram na guilhotina estão enterrados no Cemitério Picpus , que também é o lugar de descanso final do Marquês e da Marquesa de Lafayette.
TEXTO EN FRANÇAIS E EM PORTUGUÊS
ALMEIDA, Guilherme de. POETAS DE FRANÇA. São Paulo: 1936.
Ex. bibl. Antonio Miranda
L´Image
Pauvre faune qui vas mourir,
Reflête-moi dans tes prunelles
Et fais danser mon souvenir
Entre les ombres éternelles.
Va, e dis à ces morts pensifs,
A qui mes jeux auraient su plaire,
Que je rêve d´eux sous les ifs
Où je passa petite et claire.
Tu leur diras l´air de mon front
Et ses bandelettes de laine,
Ma bouche étroite, et mes doigts ronds
Que sentent l´herbe et le troème.
Tu diras mes gestes légers
Qui se déplacent comme l´ombre
Que balancent dans les vergers
Les feuilles vives et sans nombre
Tu leur diras que j´ai souvent
Les paupières lasses et lentes,
Qu´au soir je danse et que le vent
Dérange ma robe traînante,
Tu leur diras que je m´endors,
Mes bras nus pliés sous ma tête,
Que ma chair est comme de l´or
Autour des veines violettes.
— Dis-leur comme ils sont dous à voir
Mes cheveux bleus comme des prunes,
Mees pieds pareils à des miroirs
Et mes deux yeux couleur de lune,
Et dis-leur que dans les soirs lourds,
Couchée au bord frais des fontaines,
J´eus le désir de leurs amours
Et j´ai pressé leurs ombres vaines…
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de Guilherme de Almeida.
A imagem
Pobre fauno que estás morrendo,
Reflete-me em tuas retinas
Para fazer meu pensamento
Dançar entre as sombras divinas.
Vai, e dize aos mortos, àqueles
A quem, folgando, eu agradara,
Que, entre os teixos, eu penso neles
Quando passo pequena e clara.
Dirás minha fronte e os segredos
Do atilhos de lã morena,
Minha boca estreita, e meus dedos
Cheirando a relvas e a verbena,
Tu dirás meus gestos mudáveis
Que se deslocam como a sombra
Que as folhas vivas e incontáveis
Balançam leves sobre a alfombra.
Dirás que às vezes eu desperto
De pálpebras lassas e lentas,
Que à tarde eu danço e o vento esperto
Move-me as vestes sonolentas.
Dirás que eu durmo, o braço morno
E nu sob a nuca perfeita,
Que minha carne é de ouro em torno
De minhas veias de violeta;
— Dize que é bom ver meus cabelos
Azuis como ameixas maduras,
E meus pés como dois espelhos
E meus olhos da cor da lua;
E que nos poentes tentadores,
Deitada entre as fontes pagãs,
Eu desejei ter seus amores
E abracei suas sombras vãs...
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Página publicada em junho de 2024.
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